Enquanto não contrata reforços, o Grêmio tenta pelo menos estancar o processo de desmanche do grupo. Na semana passada, Saul Berdichevski falou por telefone com Gilberto. Sem atuar desde o dia 23 de junho, data da eliminação brasileira na Copa das Confederações, na França, o lateral-esquerdo avisou ao vice de futebol que só se reapresentará se o clube saldar pelo menos da parte da dívida relativa a direito de imagem, estimada em R$ 300 mil. O jogador esteve perto de acertar com o Benfica, de Portugal, mas o acordo não saiu.

– Nada disso teria ocorrido se o Grêmio tivesse pago o que deve. Volto sem problema algum, mas o Grêmio precisa pagar pelo menos parte da dívida. É uma questão de conversar. Já estava há dois anos nesta mesma situação, só jogando e não recebendo. É complicado para mim – declarou.

O Grêmio também tem dívidas com a empresa Gordim Promoções, de propriedade dos empresários Alexandre Martins e Reinaldo Pitta. Donos de metade do passe de Gilberto, Martins e Pitta tiveram a prisão decretada no início de junho pela 3ª Vara Criminal do Rio por envolvimento com lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Gilberto está há cerca de um mês sem jogar. Fora de ritmo, o jogador confirmou que precisaria de um tempo para voltar ao time.

– Tenho feito apenas corridas pela manhã, na praia e na rua, de 30 a 35 minutos. Não gosto muito de treinar em academia. É claro que não é o mesmo tipo de trabalho dos demais jogadores. Não poderia voltar a jogar imediatamente – disse.

LUÍS HENRIQUE BENFICA